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A História do Rio da Prata do Cabuçu (RJ)

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A história dessa bela localidade vem dos tempos do grande Engenho do Cabuçu, que chegava até os limites de Guaratiba. O engenho era de propriedade de Úrsula Martins, no final do século XVIII, mãe de Anna Maria da Conceição e do Sargento-Mor (patente na época de oficial superior, acima de capitão e abaixo de tenente-coronel) Joaquim Cardoso dos Santos, que passou a administrá-la a partir de 1811.

Fazia limite com as terras de João Fernandes Barata, com a propriedade de José Pereira Monteiro Torres, dono das terras do Cabuçu de Baixo, com a posse de José Justino de Silveira Machado, em Cachamorra, e com a Fazenda do Juary, do Major Agostinho José Coelho da Silva.A partir de 1820, começaram os litígios familiares na hora da partilha dessas terras.

Com o tempo, a situação foi se normalizando e, na década de 1870, a Fazenda Cabuçu já era uma importante produtora de café e aguardente. Já a Fazenda do Rio da Prata do Cabuçu (existia também a do Rio da Prata do Mendanha) teve a sua dose de litígios judiciais em meados do século XIX).No final do século, Maria Teixeira Alves, viúva do Capitão Francisco Teixeira de Sousa Alves, recebeu e aceitou uma proposta de cessão de grande parte das terras, incluindo as águas das cachoeiras do Rio da Prata (que até hoje é uma opção de lazer na região) para o uso dos trabalhos da Fábrica Bangu.

No século XIX, o Rio da Prata viveu de forma intermitente o ciclo da laranja, que tomou conta de Campo Grande e de outros bairros da então zona rural da cidade, além da Baixada Fluminense, durante os anos 1930 e 1940, principalmente. Além disso, o Rio da Prata ganhou uma linha de bondes, que ia até o centro de Campo Grande, e recebeu obras de drenagem e retificação dos seus rios na década de 1940, pelo Departamento Nacional de Obras de Saneamento do Governo Federal (DNOS).

Com isso, acabaram os problemas das águas represadas, que destruíam plantações e provocavam malária devido ao acúmulo de mosquitos transmissores da doença.Além das laranjas, que, no auge da produção, ocupavam, não só a parte plana, como também as colinas do Rio da Prata, houve grande produção de mamão na década de 1920, produzido principalmente por portugueses que haviam chegado recentemente à região. Parte da produção era vendida para São Paulo. Tomate, chuchu e hortaliças em geral, além de abacate, manga, banana e caqui também tiveram grande importância na economia do Rio da Prata.

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Na área do Lameirão Pequeno também houve grande produção de cana de açúcar, vendida principalmente para pastelarias e lanchonetes, que começavam a proliferar no centro de Campo Grande, e onde os clientes saboreavam uma das combinações gastronômicas mais comuns da cidade até hoje, o pastel “de vento” com caldo de cana.

Após a decadência da produção da laranja, no final dos anos 1950, produção que era também exportada, os fazendeiros que resistiram passaram a vender a fruta só para o mercado interno. Hoje o forte da produção do Rio da Prata é de plantas ornamentais, embora alguns pequenos sítios ainda produzam caqui e banana, além de existir uma horta no Lameirão Pequeno e mangueiras por todo o lado.

Outra faceta demonstrada pela agricultura local, em sintonia com a preocupação cada vez maior com a qualidade dos alimentos, é a Agroprata, grupo de agricultores que trabalha apenas com agricultura orgânica e que conta com uma produção bastante diversificada.

O Largo do Rio da Prata lembra uma pequena cidade do interior, com sua praça, igrejinha, coreto e bica (dois monumentos tombados pela prefeitura do Rio em 1996), além de várias características da vida rural, que hoje convivem com um lado mais urbano também.


A área em torno da praça abriga vários restaurantes, que se espalham por um bom trecho da Estrada do Cabuçu, lotados nos fins de semana. Mas uma olhada mais atenta às fachadas de alguns desses restaurantes permite identificar traços arquitetônicos e datas de construção que remetem a tempos em que essas casas eram vendas e depósitos que atendiam aos agricultores, muitos dos quais só desciam do morro uma vez por mês para negociar as colheitas e fazer compras.

Claro que também para tomar uma cachaça de rolha, encontrar amigos e participar das festas da Igreja de Nossa Senhora das Dores e dos leilões organizados pelos fazendeiros.

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A partir das décadas de 1940 e 1950, a Estrada do Cabuçu começou a receber também as lotadas, veículos de transporte coletivo anteriores aos ônibus, quase um parente distante das vans. Isso, aliado ao crescimento do número de automóveis e dos loteamentos que começaram a ser feitos, como o da Villa Jardim de Campo Grande, com 950 mil metros quadrados e demarcado em 1928, e também o loteamento próximo ao Largo do Rio da Prata, construído alguns anos depois, com casas boas e confortáveis, e que até hoje é conhecido apenas como “loteamento” (abriga a Escola Municipal Cesário Alvim e o Posto de Saúde Municipal, que antes ficava em torno da praça), o que fez com que aumentasse a população local, hoje bem maior devido à abertura de muitas ruas ao longo da Estrada do Cabuçu e à construção de vários condomínios.

Autor da Pesquisa: Adinalzir Pereira LamegoProfessor de HistóriaBibliografia:Livro: O Velho Oeste Carioca Volume III. Mansur, André Luís. Ibis Libris, 2016.

Veja aqui uma excelente opção para morar no Vale do Rio da Prata. O Residencial Alcácer Prata. Mais um empreendimento de sucesso da OHF Engenharia. Ainda tem apartamentos a venda com corretores no local.

Autor: Adinalzir Pereira Lamego

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De Volta para Foco

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1. Retome a rotina gradualmente

  • Reintroduza os alimentos saudáveis aos poucos: Não é preciso mudar tudo de uma vez. Comece com pequenas mudanças, como incluir mais frutas e verduras nas refeições, reduzir o consumo de alimentos processados e aumentar a ingestão de água.
  • Faça refeições regulares: Evite pular refeições e estabeleça horários fixos para se alimentar. Isso ajuda a controlar a fome e evita excessos.
  • Planeje suas refeições: Organize um cardápio semanal com receitas saudáveis e práticas. Isso facilita na hora de ir ao mercado e preparar as refeições.

2. Hidrate-se e alimente-se de forma equilibrada

  • Beba bastante água: A água é essencial para o bom funcionamento do organismo e ajuda a controlar a fome.
  • Consuma alimentos ricos em fibras: Frutas, verduras, legumes e grãos integrais são ricos em fibras, que promovem a saciedade e auxiliam na digestão.
  • Priorize proteínas magras: Peixes, frango, ovos e leguminosas são boas opções de proteínas magras, que são importantes para a manutenção da massa muscular.
  • Modere o consumo de gorduras e açúcares: Evite alimentos processados, ricos em gorduras saturadas e açúcares adicionados.

3. Mantenha o foco e não desista

  • Não se cobre tanto: É normal ter dificuldades no começo. Se você sair da dieta em algum momento, não desanime. Retome os hábitos saudáveis na refeição seguinte.
  • Busque apoio: Converse com amigos, familiares ou procure um profissional de saúde, como um nutricionista, para te ajudar nessa jornada.
  • Celebre as pequenas conquistas: A cada meta alcançada, comemore e reconheça seu esforço. Isso te motiva a continuar.

4. Dicas extras

  • Faça atividades físicas regularmente: O exercício físico é um aliado importante na manutenção da saúde e do peso.
  • Durma bem: Uma boa noite de sono é fundamental para o bom funcionamento do metabolismo e para controlar a ansiedade, que pode levar a exageros na alimentação.
  • Evite o estresse: O estresse pode ser um gatilho para comer por impulso. Busque atividades que te relaxem, como yoga, meditação ou hobbies.

Lembre-se que cada pessoa é diferente e o que funciona para um pode não funcionar para outro. É importante encontrar um estilo de alimentação que seja sustentável e prazeroso para você. Se precisar de ajuda a Nutri esta por aqui para te orientar.

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Os Desafios e as Oportunidades do PIX para Empreendedores em 2025

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O PIX, desde sua criação, revolucionou a forma como os brasileiros lidam com pagamentos. Em 2025, o sistema recebeu novas atualizações que impactam diretamente a rotina de empreendedores. As mudanças envolvem maior fiscalização, novos recursos tecnológicos e desafios relacionados à gestão financeira. Entenda como essas alterações podem influenciar o seu negócio e como se preparar para aproveitá-las da melhor maneira.

Monitoramento Mais Rigoroso: O Que Você Precisa Saber

A Receita Federal intensificou o acompanhamento de transações realizadas via PIX. Agora, pessoas físicas que movimentarem mais de R$ 5 mil em um mês e empresas que ultrapassarem R$ 15 mil terão suas operações analisadas com maior atenção. Isso não significa que você será automaticamente taxado, mas será necessário prestar contas caso solicitado.

O que fazer:

  • Mantenha registros organizados: Anote todas as movimentações financeiras. Use sistemas de gestão ou planilhas para categorizar suas receitas e despesas.
  • Evite “contas misturadas”: Não use a mesma conta bancária para fins pessoais e empresariais. A separação facilita a comprovação de movimentações legítimas.
  • Regularize suas obrigações fiscais: Tenha um contador de confiança para garantir que você está declarando corretamente seus ganhos e pagando os tributos devidos.
  • Taxas para Pessoas Jurídicas: Como Minimizar Custos
  • Embora o Banco Central não obrigue a cobrança de taxas para o uso do PIX por empresas, muitas instituições financeiras estão adotando tarifas para transações realizadas por CNPJs. Isso pode representar um custo adicional, mas não precisa ser um peso para o seu negócio.
  • Dicas práticas:
  • Negocie com o banco: Pesquise as condições oferecidas por diferentes instituições financeiras e opte por aquela com as melhores tarifas.
  • Calcule o custo-benefício: Avalie se vale a pena repassar o custo ao cliente ou absorvê-lo como parte do preço final.
  • Incorpore outras formas de pagamento: Mantenha alternativas como cartões de crédito, débito ou boletos para atender às preferências dos seus clientes.
  • Novas Funcionalidades do PIX: Aproveite ao Máximo
  • O PIX em 2025 trouxe dois grandes avanços que podem simplificar a vida dos empreendedores:
  • PIX Automático:
    Agora é possível programar pagamentos recorrentes, como contas de luz, água ou até mesmo cobranças de assinaturas. Essa funcionalidade elimina a necessidade de lembretes ou processos manuais, tornando a gestão mais eficiente.Como usar:
    • Configure pagamentos automáticos para fornecedores ou serviços recorrentes diretamente no aplicativo do seu banco.
    • Use essa função para criar assinaturas ou planos mensais para seus clientes, caso sua empresa trabalhe com serviços recorrentes.
  • Pagamento por Aproximação (NFC):
    A nova tecnologia de aproximação permite que pagamentos sejam realizados apenas aproximando um dispositivo móvel de terminais compatíveis. É uma solução prática para lojas físicas e comércios que prezam por rapidez no atendimento.
  • Como implementar:
  • Que Você Não Pode Fazer
  • Com as novas regras, é importante evitar práticas que possam levar a problemas fiscais ou financeiros. Veja o que deve ser evitado:
  • Fracionar pagamentos para fugir do monitoramento: Dividir transações em valores menores para evitar atingir o limite de fiscalização pode ser interpretado como fraude.
  • Deixar de registrar receitas: Toda movimentação financeira deve estar devidamente contabilizada, especialmente aquelas realizadas pelo PIX.
  • Usar o PIX sem planejamento: Não trate o PIX apenas como um facilitador; ele deve ser integrado à gestão financeira de forma estratégica.
  • Como Se Preparar para os Desafios
  • Invista em conhecimento:
    Esteja sempre atualizado sobre as mudanças no sistema financeiro. Participe de cursos, palestras ou workshops para entender como usar o PIX de maneira estratégica.
  • Adote ferramentas de gestão:
    Sistemas que integram controle de caixa, emissão de notas fiscais e relatórios financeiros são essenciais para manter a saúde financeira do seu negócio.
  • Conte com um contador:
    Um profissional especializado pode ajudar a garantir que todas as suas operações estejam em conformidade com as exigências fiscais e evitar problemas futuros.
  • Conclusão
  • As novas regras e funcionalidades do PIX em 2025 representam tanto desafios quanto oportunidades para os empreendedores. A chave para o sucesso é a adaptação: organize sua gestão financeira, mantenha-se atualizado e explore os novos recursos oferecidos. Com planejamento e estratégia, o PIX continuará sendo uma ferramenta indispensável para alavancar seu negócio.

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